Artigo planejamento governamental - canuto 26042010

Como escrever artigos científicos? Reunimos dicas que vão te salvar!

Tenho vontade, às vezes, de devolver tudo, mas tenho tentado melhorar como pessoa, disse o ministro, acrescentando ter consciência de que alguém na sua posição precisa tomar muito cuidado com as palavras que solta.

Todas essas populações vivem em áreas livres da malária falciparum. Deve ficar bem claro, então, que a anemia falciforme não é uma 'doença de Negros' nem uma 'doença africana', mas sim uma doença eminentemente geográfica, produto de uma bem sucedida estratégia evolucionária humana para lidar com a malária causada pelo Plasmodium falciparum. Esses aglomerados humanos em assentamentos desorganizados, em áreas recém-ocupadas, concorrem para a formação de poças ou cursos d'água com menor circulação, favorecendo o desenvolvimento de algas cianofíceas tóxicas, prejudiciais ao biota, macrófitas aquáticas e proliferação de vetores de doenças. Em lugares com maior atividade antrópica e modificação de corpos d'água, o crescimento de macrófitas aquáticas, por exemplo, dos gêneros Pistia e Cyperus, pode favorecer o aparecimento de mosquitos vetores de doenças.

  • O que são artigos científicos?
  • Como escrever artigos científicos?
  • Estrutura dos artigos científicos;
  • Onde publicar artigos científicos?
  • Critérios de avaliação de trabalhos científicos;
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O aumento de mosquitos anofelinos concorre para maior risco de transmissão de malária, além de outros vetores culicídeos, simulídeos e planorbídeos, contribuindo para o agravamento de várias doenças, além da malária, a febre amarela, dengue, arborviroses, filarioses e esquistossomose. Essas alterações podem também propiciar o aparecimento de mosquitos do gênero Mansonia, que podem transmitir arbovirus que causam encefalite no homem (Quintero et al. , 1996). Na verdade, provavelmente em todos os aspectos da discussão sobre 'raça', 'grupo étnico' ou 'cor' ocorrem situações controversas e paradoxais. Basta dizer que não há consenso sobre o significado exato desses vocábulos, que são freqüentemente objetos de manipulação ideológica (Munanga, 2004). Por exemplo, a palavra 'raça' pode ser usada de muitas maneiras. Uma delas é no sentido morfológico, fenotípico, denotando um conjunto de caracteres físicos (por exemplo, cor da pele ou textura do cabelo) que nos permite identificar indivíduos como pertencentes a um certo grupo. Assim, fala-se da raça negra, da raça branca e assim por diante. No Brasil, a palavra 'cor' é usada como seu sinônimo nesse contexto.

Da mesma maneira, árvores construídas a partir de marcadores autossômicos, marcadores do cromossomo X e marcadores do cromossomo Y apresentam topologias muito semelhantes. Em terceiro lugar, temos as datações com base no relógio molecular (isto é, a conhecida regularidade de mutações neutras ao longo do tempo) que mostram datas de coalescência para o DNA mitocondrial ao redor de 150 mil anos atrás. No consultório médico, o que se está examinando é um paciente individual e não um grupo populacional. A autoclassificação ou a avaliação médica do grupo racial de um paciente não tem nenhum valor em decisões sobre o diagnóstico, tratamento farmacológico ou outras terapias. Com os avanços da farmacoge-nética espera-se que possamos em breve ter à disposição testes genômicos que nos permitam traçar o perfil farmacogenético do paciente e usar esse perfil na decisão clínica. Até lá, devemos nos conter de usar 'raça' como substituto dos testes farmacogenéticos. Feldman et al.

Marcadores Informativos de Ancestralidade (MIAs), também chamados de 'marcadores população-específicos', são aqueles que apresentam uma diferença nas freqüências alélicas entre duas populações com valor superior a 0,45 (Shriver et al. , 1997; Parra et al. , 1998). A maioria desses marcadores mantém a heterogeneidade das freqüências alélicas por estarem sujeitos a seleção natural. Nesse sentido, tais genes representam uma contrapartida molecular das características físicas superficiais que, como já vimos, são geograficamente selecionadas. Para fins de pesquisa, os MIAs analisados em nível molecular apresentam muitas vantagens com relação aos caracteres físicos: são monogênicos, permanecem constantes durante toda a vida, são qualitativos e, como a sua expressão genética não é aparente, não são levados em conta quando uma pessoa escolhe um(a) consorte. Já os caracteres físicos superficiais, de fácil observação, são poligênicos (mais exatamente oligogênicos), variam com a idade e com fatores ambientais, são quantitativos e influenciam os casamentos, que por não serem mais ao acaso, são chamados de 'casamentos assortativos'.

É também vetor da febre amarela urbana (WHO, 2007). É um mosquito domiciliar que se prolifera em aglomerados urbanos desorganizados. Outra espécie é o Aedes albopictus, introduzido no Brasil em 1986, que pode ser vetor secundário da dengue, em áreas rurais e urbanas (Segura et al. , 2003; Walker, 2007). Uma boa maneira de começar o exame de categorias estruturais em populações humanas é sob a perspectiva evolucionária. O homem anatomicamente moderno, Homo sapiens sapiens, é uma espécie muito jovem na terra. Três linhas de evidência genética sugerem sua origem única e recente, há cerca de 150 mil anos, na África. A primeira é a observação de maior diversidade genética na África do que em qualquer outro continente. A interpretação desse achado é que as populações mais antigas teriam tido mais tempo para acumular variabilidade genética. A segunda linha de evidência vem das análises filogenéticas humanas. A partir do trabalho seminal de Cann et al. (1987), praticamente todos os estudos baseados em DNA mitocondrial produziram árvores com a primeira bifurcação separando populações africanas de todas as outras populações.

A raça que incluía os nativos da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Índia foi chamada 'caucasóide' porque na opinião de Blumenbach o 'tipo' humano perfeito era o encontrado nos habitantes da Geórgia, nas montanhas do Cáucaso, região que ele acreditava ter sido o berço do homem (Gould, 1994). A classificação de Blumenbach era calcada na origem geográfica, mas parâmetros morfológicos certamente tiveram grande importância, que, infelizmente, só cresceu com o passar do tempo. No século XIX, o conceito de raça passou a basear-se primariamente nas características morfológicas e cosméticas, como a pigmentação da pele, o tipo facial, o perfil craniano e a quantidade, textura e cor do cabelo. Essas características superficiais possuem força persuasiva porque é relativamente fácil distinguir pessoas com base na aparência física. Com a crescente ênfase na morfologia, as raças classificadas por Blumenbach passaram a ser identificadas com referência às cores da pele: caucasóide tornou-se sinônimo de 'branco', e africano (etiópico) tornou-se sinônimo de 'negro'.

Em outras palavras, toda a discussão racial depende de 0,0005-0,001 do genoma humano! Porém, mesmo não tendo o conceito de raças nenhum embasamento biológico, ele continua a ser utilizado, enquanto construção social, como forma de privilegiar e diferenciar culturas, línguas, crenças e grupos diferentes, os quais, na maioria das vezes, têm também interesses econômicos muito diferentes (Azeredo, 1991, citado em Ribeiro, 2000). Em qualquer utilização social da expressão 'raça' deve sempre ficar claro e transparente que ela não embute nenhuma divisão natural ou essencial da natureza humana. Na "Declaração sobre Raça" da Associação Americana de Antropologia consta que: Animais domésticos que acompanham o homem, como gatos, cachorros, cavalos, bovinos, além de espécies exóticas que são introduzidas, como plantas, capim-gordura, gramíneas, insetos, ratos e outras, interagem com espécies silvestres, facilitando a transmissão de doenças infectocontagiosas. Os gatos e cães passam a caçar e consumir animais silvestres, como lagartos, anfíbios, filhotes de aves e mamíferos (Wittenberg & Cock, 2001).

A ocupação pelo homem de novos espaços, especialmente em ambientes antes desabitados ou com densidade humana baixa, tem aumentado a transmissão de doenças endêmicas e a proliferação de vetores de doenças, pela proximidade desse migrante com reservatórios silvestres e com vetores de certas doenças. A abertura de novas estradas, elemento consagrado na Amazônia como via de desmatamento, contribui para essa interação. O cão doméstico trazido com o homem funciona também como reservatório de doenças, interagindo com os aglomerados humanos. Há um amplo consenso entre antropólogos e geneticistas humanos de que, do ponto de vista biológico, raças humanas não existem (AAA, 1998; Nat Genet, 2001). Em outras palavras, as categorias 'raciais' humanas não são entidades biológicas, mas construções sociais. No entanto, a bula do remédio Cozaar, um bloqueador do receptor da angiotensina vendido no Brasil pela Merck Sharp & Dohme adverte: A segunda validação dos nossos resultados baseou-se em um estudo publicado por Bydlowski et al.

Estrutura básica:
Local e condições experimentais.
Delineamento e tratamentos.
Controle das condições experimentais.
Variáveis (avaliações).
Análise estatística.

Para que testes farmacogenéticos sejam úteis, eles devem ter sensibilidade e especificidade individual. É óbvio e evidente que parâmetros populacionais como ancestralidade geográfica e rótulos tais como 'raça' e 'etnicidade' não constituem indicadores farmacogenéticos aceitáveis. O ministro disse que o primeiro grande plano econômico do atual governo era o de controle das despesas públicas. De acordo com Guedes,o plano de dez anos do governo é continuar com as privatizações e que Petrobras e Banco do Brasil, todos estão na fila. A destruição e a alteração dos ecossistemas naturais com perda da biodiversidade resultam da interferência do homem na natureza, incluindo expansão urbana, conversão da cobertura vegetal natural em pastos ou campos agrícolas, mudanças climáticas e grandes obras de infraestrutura como novas rodovias na Amazônia, usinas hidrelétricas, assentamentos humanos, introdução acidental ou não pelo homem de espécies exóticas invasoras e outras formas de transformações do ambiente natural. Por exemplo, o vetor da dengue no Brasil, doença que tem acometido milhares de pessoas todos os anos, é o mosquito Aedes aegypti originário da África, provavelmente vindo da região etiópica, durante o tráfico de escravos.

Conseqüentemente, a "mutação falciforme" (isto é, a troca de glutamato por valina na posição 6 da b-globina) é uma mutação adaptativa em regiões endêmicas de malária falciparum e o alelo bS é comum na África, sobretudo nas regiões onde a malária é endêmica. Cinco diferentes mutações bS (identificadas por haplótipos de marcadores flanqueadores) alcançaram altas freqüências e foram encontradas em populações humanas, sendo chamadas por nomes geográficos: mutação tipo Senegal, tipo Camarões, tipo Benin, tipo República Centro-Africana (também chamada tipo Banto) e tipo Árabe-Indiano (Bortolini & Salzano, 1999). Deve-se destacar que apenas as quatro primeiras mutações são africanas, pois a quinta só ocorre na Ásia Menor e na Índia. Não só a anemia falciforme ocorre freqüentemente em populações não-negras e fora da África, mas também observou-se que a mutação bS não é vista em muitas populações da própria África, coincidindo com as regiões geográficas nas quais a malária não é endêmica. Por exemplo, Hiernaux (1975) lista que o alelo bS está ausente nas populações das regiões altas da Etiópia (Tigre, Falasha, Amhara e Galla), nos Masai, Kamba e Chaga do Quênia e da Tanzânia, nos bosquímanos e hotentotes da parte sul da África e nos Shona, uma população de língua banto do Zimbábue.

O gene MDR1 é polimórfico, e um SNP nesse gene, o polimorfismo C3435T no exon 26, correlaciona-se bem com a expressão da glicoproteína P no intestino. A freqüência do alelo C foi de 91 nos africanos de Gana e de apenas 51 em europeus, provavelmente refletindo diferenças geográficas adaptativas, que podem estar relacionadas a componentes da dieta ou a toxinas bacterianas (Schaeffeler et al. , 2001). O importante é que esse polimorfismo parece influir no metabolismo dos inibidores de protease do HIV (por exemplo, nelfinavir, ritonavir, saquinavir), que fazem parte do regime tríplice de tratamento da Aids. Fellay et al. (2002) demonstraram significantes diferenças de concentração plasmática do inibidor de protease nelfinavir entre pessoas com os genótipos CC, TT e CT. Os indivíduos doentes com Aids com genótipo CC e tratados com nelfinavir apresentavam significativamente menos linfócitos CD4 que pessoas TT. A interpretação destes achados foi que indivíduos CC tinham maior atividade de glicoproteína P e menores concentrações intracelulares, terapêuticas, do inibidor de protease.

A patogênica gripe aviária é causada pelo vírus H5N1, mais encontrado em aves aquáticas. Esse vírus tem alto potencial de se adaptar à mudança genética e se tornar patogênico para frangos domésticos e também para o homem. Além de vírus, as aves podem hospedar bactérias e fungos, tais como Mycobacterium avium, que causa tuberculose aviária, Vibrio cholerae que causa a cólera. Protozoários causadores de doenças em aves, incluindo malária, como Plasmodium,Haemoproteus e Leucocytozoon, são transmitidos por mosquitos hematófagos do gênero Culex e outros. Em alguns países, o suprimento de amendoim como alimento para passarinhos de jardins tem acarretado a emergência de Salmonella typhimurium e Escherichia coli. Espera-se que em breve a farmacogenética seja capaz de fornecer testes genômicos que permitam escolher o medicamento mais compatível com a constituição genética de cada paciente individualmente, evitando assim efeitos colaterais indesejados (Tate & Goldstein, 2004).

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O sistema é dinâmico, porque se relaciona ao movimento de energia dentro dele, sendo as plantas a fonte primária de energia para os animais. Essas plantas são consumidas por herbívoros, que são predados por carnívoros, que são consumidos por outros carnívoros. Os organismos decompositores consomem as partes mortas do sistema vivo, incluindo os excrementos ou mesmo os resíduos metabólicos de outros decompositores. A decomposição fraciona os compostos de tal modo que dióxido de carbono, água e outros produtos inorgânicos fracionados por detritívoros e outros organismos podem agora ser reabsorvidos pelas plantas. O sistema é complexo, porque envolve múltiplas partes interconectadas: espécies, seus hábitats e nichos, além de outras variáveis. É holístico, porque não pode ser entendido pela análise de suas partes isoladamente (espécies, meio físico-químico etc. ), mas sim como essas partes interagem para a função e estrutura do sistema natural (Ricklefs & Miller, 2000; Millennium Ecosystem Assessment, 2005). A raiva é uma zoonose causada por vírus que envolve a interação do homem e seus animais domésticos, como cães, gatos, seus rebanhos de bovinos e suínos com morcegos hematófagos. A espécie principal de morcego é Desmodus rotundus. Essa virose, seu agente transmissor, seus hospedeiros incluindo o homem, têm forte ligação com alteração ambiental.

Os produtos ou bens oriundos do sistema natural incluem fármacos, alimentos (como pesca), madeira e muitos outros. Os sistemas naturais também proveem serviços que dão suporte à vida, tais como purificação do ar e da água, regulação do clima, hábitats reprodutivos e alimentares para extrativismo, além da manutenção de organismos responsáveis pela ciclagem de nutrientes do solo, tornando-os disponíveis para absorção pelas plantas. Alterações ambientais estão afetando negativamente os ecossistemas naturais, com acelerada perda da biodiversidade, por meio da modificação e perda de hábitats naturais e pela ocupação não sustentável do solo, com propagação de patógenos e vetores de doenças. Outros exemplos foram as recentes ocorrências de gripe aviária e gripe A-H1N1. Os hábitats naturais têm desaparecido ou ficado extremamente modificados, reduzidos e fragmentados, o que influi na relação estoque silvestre versus estoque doméstico versus homem, facultando o aparecimento de doenças. Enfim, a modificação de ecossistemas naturais torna o ambiente mais suscetível para o aparecimento de doenças.

Os serviços ecossistêmicos dão suporte à vida na biosfera, e o homem, também como espécie biológica, que respira como os outros organismos pulmonados, precisa de ar puro, de água não contaminada e de outros benefícios oriundos da biodiversidade. Esses chamados serviços ecossistêmicos incluem também a regulação do clima, por exemplo, o papel da floresta Amazônica na evapotranspiração, no ciclo d'água, na relação com os fenômenos El Niño e La Niña no clima. Agem na desintoxicação de poluentes, no controle de pragas da agricultura e vetores de doenças, no ciclo do carbono, do nitrogênio e de outros nutrientes fundamentais à vida e à produção de alimento, no conhecimento de princípios ativos da programação genética de micro-organismos, plantas e animais que têm aplicação como medicamentos. A biotecnologia tem procurado também novos meios de cura com base em novos componentes químicos ou princípios ativos de produtos da biodiversidade, no potencial farmacêutico de inúmeras espécies de micro-organismos, plantas e animais, além da busca da medicina preventiva nesses novos produtos da diversidade biológica.

Esse segmento de pesquisa científica tem apresentado rápido progresso, com contribuição da biologia molecular, genética, engenharia genética, bioquímica, farmacologia, com descobertas de novos antibióticos, agentes antivirais, vacinas e, até mesmo, com o emprego da nanotecnologia para combate a tumores malignos (Mindell, 2009b). A compreensão do contexto da biodiversidade no conceito de ecossistema consiste na complexa interação entre os seres vivos com as entidades não vivas, isto é, abióticas, onde as espécies ocorrem. A biodiversidade é parte importante desse sistema natural dinâmico em estrutura e função. O entendimento do ecossistema implica um enfoque interdisciplinar, com ênfase holística, já que é um sistema natural complexo. O enfoque destaca as interações e transações nos processos biológicos e ecológicos e entre eles no sistema natural como um todo. Usa e aprofunda o conceito físico-químico da termodinâmica, destacando o trânsito de energia (Ricklefs & Miller, 2000; Millennium Ecosystem Assessment, 2005).

Estima-se que 80 dos habitantes de países em desenvolvimento dependam da medicina tradicional para suprir suas necessidades básicas de saúde, e 85 dos medicamentos produzidos pela medicina tradicional envolvam o uso de extratos de plantas, portanto remédios originários da natureza (Farnsworth, 1988). A fauna e a flora dependem muito da geografia. Assim, diferentes origens geográficas significam diferentes exposições a elementos tóxicos do meio ambiente e a diferentes dietas. As substâncias tóxicas (xenobióticos) encontradas e ingeridas pelas populações humanas também variam muito nas diferentes regiões geográficas. O metabolismo humano faz uso de duas estratégias para aumentar a solubilidade e a excreção desses xenobióticos: introdução de hidroxilas por oxidação através do sistema de citocromo P450 (fase I) e conjugação com compostos químicos solúveis como o glucuronato, a glutationa e grupos N-acetila (fase II).

Artigo planejamento governamental - canuto 26042010

Uma outra vantagem dos marcadores moleculares é que ao haver migração de grupos populacionais, eles perdem suas vantagens seletivas da região geográfica original (tornam-se neutros), mantendo, porém, suas características de informação de ancestralidade genômica, que podem ser resgatadas com testes em DNA. Sabemos que populações diferem muito em seus padrões de prevalência de doenças e mortalidade. Freqüentemente, dentro de um mesmo país, subpopulações também exibem quadros heterogêneos de susceptibilidade e resistência. Por exemplo, nos Estados Unidos a hipertensão arterial e o câncer de próstata são mais comuns em afro-americanos, enquanto o câncer de mama é mais comum em mulheres de ancestralidade européia. Seriam essas disparidades explicáveis por diferenças em parâmetros sócio-culturais (renda, status social, educação, nutrição etc. ), por racismo, por diferenças genéticas, ou por todas elas? Vimos há pouco que existe uma certa estruturação da diversidade humana de acordo com a geografia. Paralelamente, há uma distribuição heterogênea de doenças em diferentes regiões geográficas, com freqüência refletindo adaptações genéticas da população aos fatores ambientais. Isto é bem exemplificado por algumas doenças monogênicas, individualmente infreqüentes.

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Agrava a relação a introdução de espécies exóticas, domésticas ou não, incluindo gatos e cães, o que geralmente promove outro efeito negativo em associação o aumento da transmissão de doenças infectocontagiosas em animais silvestres, para animais domésticos e para o homem (Millennium Ecosystem Assessment, 2005). Como vimos, muito da discussão da classificação racial humana e sua importância social e médica gravita em torno do binômio 'aparência física'/'origem geográfica', ou, resumidamente, 'cor'/'ancestralidade'. A própria expressão 'raça' é usada ora em um sentido, ora em outro. Essa dicotomia fica bem evidente, por exemplo, quando lemos o trabalho de Oracy Nogueira (1955) que chamou a atenção para a distinção entre o preconceito 'de marca' e o preconceito 'de origem'. O primeiro focaliza e vitimiza a aparência, baseando-se nos traços físicos do indivíduo, enquanto o segundo depende da percepção de que o indivíduo descende de um certo grupo étnico. Nogueira associou o preconceito 'de marca' com o Brasil e o preconceito 'de origem' predominantemente com os Estados Unidos. A biodiversidade brasileira é reconhecida como uma das mais expressivas da biosfera terrestre e tem um papel importante no bem-estar e na saúde do homem, ao prover produtos básicos e serviços ecossistêmicos.

O ataque que o homem sofre pelo morcego é parte dessa interação. A alteração ambiental e a introdução de animais domésticos, que oferecem alimento farto para os morcegos hematófagos, desequilibram a relação de comunidade ecológica de morcegos, favorecendo o aumento de populações de hematófagos. Os morcegos são o segundo maior transmissor da raiva para o homem, ficando os cães como o principal agente transmissor do vírus (WHO, 2007). Por isso, diz ele, trazer investimentos estrangeiros nos próximos 10 anos é parte do plano econômico do atual governo. É fazer o movimento de fora para dentro. Não existe mais a figura do planejador central, coisa que não tem nem mais nem na China, disse. Desde Lineu (1707-1778), muitas classificações taxonômicas dos grupos humanos em 'raças' foram feitas, mas provavelmente a mais influente e que surpreendentemente persiste até hoje, foi proposta pelo antropólogo alemão Johan Friedrich Blumenbach em 1795, na terceira edição de seu livro De Generis Humani Varietate Nativa (Das variedades naturais da humanidade). Blumenbach descreveu cinco principais raças: caucasóide, mongolóide, etiópica, americana e malaia.

Sabe-se, também, que a glicoproteína P é responsável pelo efluxo de inibidores de protease do sistema nervoso central. Assim, indivíduos CC podem ter menores concentrações dos anti-retrovirais no sistema nervoso central, circunstância que favoreceria que esse ambiente se tornasse propício para agir como um reservatório de HIV. Com certeza, a relevância do polimorfismo de MDR1 para o tratamento da Aids precisa ser mais bem estudada. Mas o exemplo realça um ponto importante: que os polimorfismos farmacogenéticos, como o do gene MDR1, emergiram há muitos séculos como adaptações genéticas ao meio ambiente e só agora adquiriram importância clínica por causa de variabilidade individual na capacidade de metabolizar medicamentos. Porém, é óbvio que embora a diferença da freqüência do alelo C em Gana e na Europa seja significativa, o alelo está presente em ambas as populações. Assim, o simples fato de um indivíduo ter nascido em Gana ou na Europa seria um indicador extremamente grosseiro e muitíssimo pouco confiável da sua resposta a inibidores de protease anti-retrovirais e, na ausência de testes farmacológicos específicos, teria pouca utilidade clínica.

Essas toxinas são encontradas no veneno que os moluscos predadores utilizam para capturar suas presas (Chivian & Bernstein, 2008). Assim como pode ocorrer com base em marcadores genéticos moleculares, é também possível fazer a partição da variabilidade humana usando características morfológicas métricas humanas. Por exemplo, Relethford (1994) mostrou que apenas 11-14 da diversidade craniométrica humana ocorre entre indivíduos de diferentes regiões geográficas e que 86-89 ocorre dentro das regiões. Quando esse mesmo autor fez a partição da variabilidade global da cor da pele, porém, ele observou um quadro diferente: 88 da variação ocorria entre regiões geográficas e apenas 12 dentro das regiões geográficas (Relethford, 2002)! A explicação é que a cor da pele é uma característica genética especial, porque sujeita à seleção natural. Dois fatores seletivos servem para adaptar a cor da pele aos níveis de radiação ultravioleta: a destruição do ácido fólico quando a radiação ultravioleta é excessiva e a falta de síntese de vitamina D3 na pele quando a radiação é insuficiente (Jablonski & Chaplin, 2000, 2002).



(2003) alertaram corretamente que "confundir cor e ancestralidade pode ser potencialmente devastador para a prática da medicina". Isto é ainda mais crítico no Brasil, onde se demonstrou que a correlação individual entre cor e ancestralidade é praticamente inexistente. Aliás, toda a pesquisa médica já feita no Brasil com base na avaliação puramente fenotípica de cor deve ser considerada de valor discutível, devendo ser urgentemente reavaliada sob a luz destes novos conhecimentos genômicos. Antes de prosseguir, devemos relembrar que raças humanas não existem do ponto de vista genético ou biológico (Templeton, 1999). Apenas 5-10 da variação genômica humana ocorre entre as chamadas 'raças'. Ademais, apenas 0,01 dos nucleotídeos que compõem a seqüência do genoma humano variam entre dois indivíduos.

Como a classificação de Blumenbach provou ser insuficiente para explicar toda a diversidade morfológica humana, houve uma proliferação do número de 'raças', chegando a duzentas em algumas classificações (Armelagos, 1994)! Sem dúvida, a simplicidade do paradigma tipológico embutido nessas estapafúrdias classificações sociais é bastante sedutora para o público em geral. Embora para um geneticista contemporâneo raças possam não existir do ponto de vista biológico, no imaginário popular elas persistem, sendo 'construídas' a partir de diferenças fenotípicas como a cor da pele e outros critérios de aparência física (Munanga, 2004). De cada 150 medicamentos receitados e comercializados nos Estados Unidos, 118 são elaborados a partir de produtos originários da biodiversidade, como plantas, fungos, bactérias e animais (Chivian & Bernstein, 2008).

'Raça' pode também denotar origem em uma região do globo, assumindo o significado de 'ancestralidade geográfica' fala-se então de uma raça africana, raça oriental etc. Finalmente, 'raça' pode ser usada em um sentido biológico, para caracterizar uma população geneticamente diferenciada, isto é, uma subespécie. Genes translocados e produtos ativos identificados nas espécies silvestres têm desempenhado papel relevante para a produção de medicamentos. Essas drogas incluem quinina, aspirina, artemisinina, produção de fungicidas. Para dar outro exemplo, a literatura enfatiza os compostos de peptídios de algumas espécies de moluscos gastrópodos encontrados em recifes de coral; esses peptídios são tão abundantes que podem ser similares aos alcaloides de plantas superiores e ao metabolismo secundário de bactérias (Aguirre et al. , 2002). Outro exemplo é o de um novo medicamento para combater a dor, que é mil vezes mais potente que a morfina e é derivado das toxinas de moluscos marinhos do gênero Conus, também encontrados em recifes de coral.

Segundo farta documentação (), esse material é levado para fora do país e tem patentes registradas por grandes laboratórios, em outros países, com prejuízo econômico para o Brasil. Como exemplos, o jaborandi (Pilocarpus pennatifolius) teve sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merck, em 1991. O conhecido açaí, que é fruto da palmeira amazônica Euterpe oleracea, teve seu nome registrado no Japão, em 2003. O Japão acabou cedendo e cancelando a patente, diante da pressão sofrida. Outra planta famosa da Amazônia, o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), teve sua patente registrada pela empresa Asahi Foods, do Japão, entre 2001 e 2002, e pela empresa inglesa de cosméticos "Body Shop", em 1998. Outra planta amazônica, a copaíba (Copaifera sp. ), teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor, em 1993. Por exemplo, a anemia falciforme, causada pela homozigose do alelo ßS do gene da b-globina, é uma doença grave, muitas vezes associada com morte nas duas primeiras décadas de vida. Já o heterozigoto para o alelo bS não só é sadio, como também apresenta aumento da resistência à malária causada pelo Plasmodium falciparum, especialmente uma melhor chance de sobrevida na fase aguda da doença.

Ao contrário de uma clara separação como havia sido vista entre europeus (portugueses) e africanos (São Tomé), os resultados de Queixadinha mostraram uma alta variabilidade de valores de IAA nas três categorias de cor, com enorme sobreposição (Figura 2). Efetivamente, isso demonstra que, na população brasileira analisada, o alto índice de mistura faz que características de aparência física como cor da pele, olhos, cabelos, formatos dos lábios e do nariz sejam pobres indicadores da origem geográfica dos ancestrais de um individuo particular. O desmatamento provocado pelo avanço da ocupação humana resultando na conversão da cobertura vegetal natural em pasto ou campo agrícola, como já ocorreu na Mata Atlântica e vem ocorrendo de maneira acelerada no Cerrado, entorno do Pantanal e Amazônia, afeta a propagação de patógenos na fauna silvestre. Há evidências desse impacto em vários grupos taxonômicos, mas tem sido bem documentado para aves (Sehgal, 2010). Aves são afetadas por patógenos virais, bacterianos e fungais, além de agirem como reservatórios de numerosos patógenos zoonóticos.

Uma vigorosa controvérsia tem grassado na literatura científica e médica internacional sobre o valor do conceito de raça em medicina. Embora haja praticamente consenso de que 'raças' humanas não sejam categorias biológicas válidas, alguns autores têm argumentado que elas possam constituir-se em sub-rogadas de variáveis não-genéticas sociais e culturais, e que abrir mão dessa classificação significaria perda de correlações ambientais e prejuízo para a medicina e a população. Mas essa utilidade hipotética da classificação racial deve ser considerada no contexto dos seus possíveis riscos, sob uma ótica de relação risco-benefício, como tudo em medicina. Temos de tomar cuidado para não dar legitimidade a falsos indicadores e, também, fazer todo o esforço para abandonar essas tênues correlações, atacando com firmeza as verdadeiras variáveis genéticas e ambientais que afetam saúde e doença (Collins, 2004). Enquanto os serviços ecossistêmicos desempenham papel fundamental para a saúde e o bem-estar do homem, a perda da biodiversidade nos biomas brasileiros, como em desmatamentos e queimadas na Amazônia, tem afetado as mudanças climáticas globais (Shukla et al. , 1990).

(2003), que estudaram uma grande amostra (916 indivíduos) de brancos, pretos, pardos e descendentes de japoneses da cidade de São Paulo com 12 marcadores do tipo microssatélite. Embora esses marcadores não sejam tão eficientes quanto os MIAs em permitir a determinação do grau de ancestralidade africana no nível individual, eles ainda podem ser usados para esse fim, como mostram os nossos resultados ainda não publicados em europeus (Portugal) e africanos (São Tomé), na Figura 3. Na mesma figura, observa-se um grande grau de sobreposição dos grupos de brancos, pretos e pardos, demonstrando a pobre correlação existente entre ancestralidade etnogeográfica e cor nessa população cosmopolita e confirmando os nossos resultados anteriores com os MIAs. Os dados nos permitem calcular para a cidade de São Paulo uma média de 25 de ancestralidade africana em brancos (limites de confiança 18-31) e de 65 em pretos (limites de confiança 55-76). A biopirataria envolve o comércio e a utilização ilegais de plantas e animais, muitos desses de estimação, como araras e papagaios, mas muitos outros também para a indústria farmacêutica.

O projeto Large-Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia (LBA Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) foi uma iniciativa internacional conduzida no Brasil entre 1995 e 2005, que produziu pesquisa para prover resposta à seguinte pergunta: "Como a conversão da floresta, a sua regeneração e o corte seletivo de madeira influenciam a captura de carbono, na dinâmica de nutrientes, no fluxo de gases, diante do uso sustentável de recursos na Amazônia?". Esse projeto tem gerado estudos importantes para o tema e alguns são citados a seguir. As obras de infraestrutura, como rodovias, atraem trabalhadores das cidades para o local ora sendo ocupado, com aumento demográfico humano local e regional, com conglomerado de trabalhadores e seus familiares nos locais das obras. Essa intensa mobilização oficial ou não de gente altera profundamente o ambiente na região da grande obra. Embora o empreendedor procure se cercar de medidas de controle e mitigatórias, a migração não oficial geralmente cria uma população humana satélite à procura de oportunidades de trabalho.

Como conseqüência, emergiram variações nos genes desses sistemas enzimáticos, que representam adaptações genéticas ao padrão geográfico de elementos tóxicos da dieta local. Esses polimorfismos estão hoje em dia sendo detectados pelos seus efeitos farmacogenéticos, já que o nosso corpo usa os mesmos sistemas enzimáticos para metabolizar medicamentos (Evans & Johnson, 2001; Roses, 2001). Como um exemplo relevante, podemos mencionar o polimorfismo do gene de resistência múltipla a drogas (MDR1). Esse gene codifica a glicoproteína-P, uma bomba de efluxo dependente de energia que transporta xenobióticos hidrofóbicos do citoplasma para fora das células. A glicoproteína P também é expressa na superfície apical dos enterócitos, onde bloqueia a absorção de xenobióticos do lúmen intestinal, promovendo a extrusão ativa do interior da célula.

Estrutura básica:
Relacionar os resultados com as hipóteses.
Interpretações: esperadas versus alternativas.
Implicações teóricas, para a pesquisa e para a prática.
Limitações do estudo: aproximação com o estudo ideal.
Confiança estimada das conclusões.
Explicitação de possíveis restrições para as conclusões.
Identificação de procedimentos metodológicos pertinentes aos resultados.
Recomendações para pesquisas futuras.

Quem tem treinamento com deficiências diz que o governo não tem um plano, mas nosso primeiro plano é interromper essa trajetória explosiva de gastos, afirmou Guedes.

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